quarta-feira, setembro 02, 2009

#32 - Something to Write Home About


The Get Up Kids faz parte da segunda (e última) onda do Emo que surgiu no meio dos anos 90, junto com Sunny Day Real Estate, Jimmy Eat World e Mineral. Influenciou muita gente que faz parte Pop Punk e do Indie Rock. Todos os seus discos são aulas de como fazer músicas e letras, e principalmente, ser "emotivo" sem dor de corno ou parecer versões Hardcore de música sertaneja. Resumindo, uma das melhores bandas da cena Hardcore nos anos 90 e que redefiniu um estilo.

Há alguns meses atrás, a banda virou noticia quando o guitarrista James Suptic, em um dos shows de volta da banda que havia entrado em hiato em 2005, pediu desculpa por terem criado o Emo, e compara a cena "punk-mainstreen" com Glam-Rock.
Talvez essa confusão toda começou quando o Pete Wentz do Fall Out Boy, disse que a banda deveria estar em um "Kit de Como Ser Um Garoto Pop-Punk", e comentou que sem o The Get Up Kids, sua banda não existiria.
Suptic ainda comentou indiretamente a declaração de Wentz com tal frase: “Se uma banda fica famosa e diz que a influenciamos, ótimo. Mas o problema é que a maioria delas nem é boa. O que isso quer dizer sobre a gente? Não sei. Talvez fôssemos uma droga”

Hoje, na verdade, resolvi fazer o post voltado para o Something to Write Home About, segundo disco da banda, e segundo um dos integrantes, o último álbum bom de uma geração. Para comemorar os 10 anos de seu lançamento, sairá uma edição comemorativa junto a um DVD com um show em que a banda tocou o set do disco inteiro na sequencia, alguns extras como imagens de outros shows da época do lançamento e entrevistas. Para ter uma noção de como foi o show só ver o Trailer aqui.

Então assim como fiz no com o relançamento do Bleach do Nirvana, vou fazer uma resenha desse relançamento tão especial.

Em 21 de Setembro de 1999, o disco saia pelo selo pequeno e independente Vagrant Records. Na época tão pequeno que o co-fundador do selo, John Cohen, teve que pedir dinheiro emprestado para os pais para ter fundos para poder produzir o trabalho da banda.
O disco também marca a estréia dos teclados de James Dewees, deixando o som da banda ainda mais interessante que no disco anterior, Four Minute Mile. Essa inclusão afastou alguns fãs, por acharem que estava saindo do contexto Do-It-Yourself.

Something to Write Home About, é um disco que serve para conhecer muito bem a banda, um resumo do que a banda fazia antes e ia começar se aprofundar nos discos seguintes. O disco começa com a agitada Holiday, talvez uma das melhores "faixa nº 1" de vários discos que ouvi. Action And Action talvez seja a música mais conhecida do disco, não só pelo seu vídeo, mas também por ser uma música poderosa, além de uma letra que é fácil de se identificar.
Quem nunca quis esfregar na cara de uma pessoa que só fez a outra de boba, que está muito melhor sem ela?

Valentine junto com I'll Catch You são as músicas mais românticas do disco, sem parecer bregas, palavras que sairiam da boca de qualquer ser que estivesse muito apaixonado. Curiosidade: Mark Hoppus (blink-182) pediu sua esposa em casamento sou som de I'll Catch You.
O que vale destacar do disco, é que são músicas com letras bem pessoais, mas não soam muito dramáticas, são sentimentos sendo expressados de uma forma poéticas sem parecer exageros. I'm a loner Dottie, a Rebel..., um dos pontos altos do disco, é um exemplo disso.

Ten Minutes, primeiro single do álbum, é uma das músicas que mostra o quanto foi bem aproveitada a entrada dos teclados a banda, talvez a banda não seria tão interessante de ouvir sem eles. Sem dúvida, uma das melhores músicas da banda.

Melhor que ler essa resenha é tirar suas próprias conclusões ouvindo o disco.
Com o Something to Write Home About, a Vagrant deixou de ser um pequeno selo, afinal o disco vendeu mais de 140 mil copias, e banda passou a ser considera a única e verdadeira banda Emo.
Talvez quando acabar de ouvir o disco alguem irá concordar com o Pete Wentz, porém nunca achará nos trabalhos do Fall Out Boy algo que lembre o The Get Up Kids, nessa hora a pessoa vai concordar com James Suptic.

Fontes:
Wikipedia
Tenho Mais Discos Que Amigos
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário