terça-feira, junho 23, 2009

In Fuga e Entendeu? em Vicente de Carvalho


Show que vai rolar em Vicente de Carvalho no próximo sábado.
Vão e deem uma força para a cena Hardcore da Baixada Santista.
R$4 não sai caro para ninguém, não é?

segunda-feira, junho 22, 2009

C_mpl_te


Conheci Móveis Coloniais de Acaju, no final do ano passado, depois de estar ouvindo muito The Specials, resolvi ouvir uma banda de Ska nacional. E depois de ver várias vezes o clipe de Seria o Rolex? na MTV, resolvi ir ouvir o disco Idem (2005) e achei uma banda de Ska bem original, que não era apenas o nome que era diferente, trazia um som que eu ainda desconhecia e com letras muito descontraídas. Ou seja, Brasília continua a fabricar boas bandas para nós.
Com mais de 10 anos de carreira, este ano a banda lançou o disco C_mpl_te, pelo o projeto Álbum Virtual da gravadora Trama, e com um rápido cadastro, a pessoa pode baixar o disco, com musicas e encartes.
Produzido por Carlos Eduardo Miranda, um dos jurados do programa Astros, a banda volta com um som diferente dos seus antigos, trocando algumas letras bem humoradas por algumas mais reflexivas, com ótimos jogos de palavras bem encaixadas na voz de André Gonzáles, assim como houve algumas mudanças na musicalidade, lembrando o primeiro disco do Los Hermanos.
Começando com Adeus, que poderia ser a música que encerra o disco, já perceptível as mudanças na banda. Pra Manter ou Mudar e Cheia de Manha são algumas poucas músicas que lembra os trabalhos anteriores da banda, enquanto O Tempo é a que melhor explica a nova fase da banda, assim como Descomplica. Falso Retrato, a banda brinca com o ritmo e as palavras, uma das melhores músicas do disco. Uma coisa que senti falta, e que ia deixar o disco muito mais gostoso de se ouvir, foi o peso dos metais, eles aparecem meio tímidos no meio das composições.
A comparação feita com o Los Hermanos no começo do texto, não deve ser levada para o lado negativo. A banda parece ter se encontrado melhor nessa nova fase, o que faz de C_mpl_te um dos melhores discos nacionais do ano.

quarta-feira, junho 17, 2009

Spinnerette


Após anunciar o fim do The Distillers em 2006, no ano seguinte Brody Dalle aparece com um novo projeto chamado Spinnerette, junto com um outro integrante da sua ex banda, Tony Bevilacqua. E desde então os fãs das musicas da Senhora Homme ficaram a espera por um disco da banda. Depois de músicas instrumentais que rolaram pela a Internet e do EP lançado o ano passado com o nome Gheto Love, finalmente temos um disco, Spinnerette.
A banda faz a vocalista perder aquele rótulo de Punk Rock Riot Grrl de vocal rasgado que trazia consigo e deixa um pouco de lado o Punk Rock e trazendo muito mais o Indie Rock do anos 90, até um pouco de Rock Industrial.
Ao todo são 13 musicas que compõe o disco. Começando com Ghetto Love, que já havia sido lançado no EP, musica que lembra bastante Sleater-Kinney e uma prévia do que vem pela frente. All Babes Are Wolves, pode fazer as pessoas lembrarem de The Distillers, mas nada a mais. Alguns elementos como distorções conduzem muito bem as músicas junto com a voz de Brody, como em Baptized By Fire, deixando o disco diferente, não cansativo e até algumas vezes, calmo.
Distorting A Code, me lembrou algo como uma versão mais dura de Blondie. Sex Bomb, deveria ser o single do disco, pois mostra o clima do disco. Driving Song e The Walking Dead, parecem ser músicas do Queens Of The Stone Age com um vocal feminino, que para mim foi o ponto alto do disco. A longa A Prescription For Mankid fecha o disco, com 8 minutos a música parece até uma parceria com Trent Reznor do Nine Inch Nails.
Para os fãs de The Distillers, pode ficar a impressão que o disco soa como uma continuação do que já havia sido iniciado em Coral Fang de 2003, que para alguns, assim como eu, é o melhor disco da banda. Acredito que o tempo parado, assim como o casamento e maternidade foram bons para um amadurecimento para a Brody, que volta muito bem para o mundo da musica, com um disco ótimo.
Aguardo muita coisa boa do Spinnerette pela frente.

segunda-feira, junho 15, 2009

Você Se Lembra?


Voltando a programação normal.
Semana de provas, mas arranjei um tempo para escrever sobre uma banda que acho que muitos deveriam conhecer, e vai ser um dos rumos que vou dar para o blogger, escrever sobre bandas antigas e que deveriam ser mais reconhecidas por todos. Hoje escolhe falar sobre Hüsker Dü, uma banda inicialmente de Hardcore que influenciou muitas bandas de outros estilos principalmente o Rock Alternativo dos anos 90.
O trio começou em Minneapolis, quando Bob Mould (Guitarra/Vocal) trabalhava numa loja de discos e conhece Grant Hart (Bateria/Vocal) e Greg Norton (Baixo), apesar dos gostos diferentes, o três garotos tinham um interesse por Hardcore. E assim, 1979 surgiu o Hüsker Dü, com o nome tirada de um jogo de tabuleiro dinamarquês, que em português seria "Você se lembra?"
A banda sempre chamou a atenção por se diferenciar das bandas do mesmo estilo, desde o nome até como compunham suas musicas, tinham a agressividade e a velocidade do Punk Rock, mas fugiam do elemento politico comum dos estilo e colocavam mais sentimentalismo, o que fez logo serem considerados um dos principais influentes do Rock Alternativo.
Nos seus primeiros álbuns, traziam um som bem cru e agressivo, para alguns até inaudível. Nessa fase lançaram o álbum Everthing Falls Apart em 1982, com a musica Statues, que foi um flerte de mais de 8 minutos com o Rock Progressivo. It's Not Funny Anymore do EP Metal Circus de 1983, é um exemplo do que a banda apresentaria no próximos álbuns
A partir de 1984, a banda muda o seu som, Rock Progressivo e o Psicodelismo entra nas influências da banda, e a banda começa a atrair mais holofotes com o lançamento do Zen Arcade, primeiro disco que era um vinil duplo na história do Hardcore, e para muitos, como eu, um dos melhores (mais injustiçados) discos dos anos 80. E as sequência de discos completam a discografia basica da band, como New Day Rising e Flip Your Wig de 1985, e Candy Apple Grey de 1986 que traz um dos hits do trio, Don't Want to Know If You Are Lonely.
Apesar de ser a época de ouro da banda, entre eles o clima estava ruim. Mould e Hart, os compositores muito elogiados, começam uma disputa, um tanto egocêntrica, por espaço nos discos. E mesmo com essa rixa, a banda lança seu último álbum de estúdio, Warehouse: Songs & Stories. Mais um vinil duplo para tentar amenizar as brigas, porém durante a tour, elas continuaram. com o acréscimo de mais um elemento, o problema graves com drogas dos dois compositores. Nos shows, a banda tocava apenas o último disco em sequência, de forma fria, tanto com a plateia e tanto entre os integrantes. E em 17 de Dezembro de 1987, a banda encerra suas atividades.

Conheci Hüsker Dü por volta de 2004, quando ouvir falar que era uma das bandas favoritas do Kurt Cobain e em 2006 me aprofundei um pouco mais, procurando as musicas pela a Internet. Já encontrei um vídeo com Green Day tocando Don't Want to Know If You Are Lonely para um programa da MTV, e Hateen toca essa musica no seu ao vivo, More Live Than Dead. Billie Joe Armstrong disse que o trio junto com The Replacements são suas maiores influencias pessoais.
A banda não conseguiu fãs famosos só pelo lado do Punk Rock e do Rock Alternativo, mas também o pessoal do Hardrock. Em 29x The Pain da banda The Wildhearts, a banda é citada logo nas primeiras estrofes da musica.
Um legado que poucas bandas conseguiram.