terça-feira, fevereiro 24, 2009

This Is Evolution Baby!


Quando escrevi o texto sobre o PES 2009, e comparei a versão do PlayStation 2 e PlayStation 3, me fez lembrar de algumas experiencias e as evoluções dos gráficos dos videogames.
Quando eu era bem pequeno, nem lembro exatamente que idade eu tinha, eu ganhei o Nintendo, aquele de 8Bits. Eu lembro que jogava, não lembro os jogos exatamente, mas eu ficava lá jogando, e para mim tudo aquilo parecia bem real. Infelizmente, não sei direito o que aconteceu e o videogame sumiu em alguma mudança, mas eu ainda tinha algumas fitas. É, fitas. Vai dizer que nunca assoprou uma fita, pra tirar a sujeira?
Quando estava com uns 7 anos, ganhei um Super Dynacon (alguem lembra dele?), com até aquelas pistolas para jogar jogos de tiro. Os jogos eram quase os mesmo do Nintendo 8Bits, lembro de um de motocross, Excitebike, que não podia acelerar muito porque o motor podia explodir. Tinha um RPG que eu tentava jogar, mas ainda não sabia muito de inglês, e ficava apenas andando pela cidade, comprando armaduras. Passou uns meses, e o videogame pifou.
Agora, eu com uns 9 anos. Meu tio começa a trocar idéias comigo e diz que ia pegar um Playstation emprestado com um amigo dele, porque ele tinha um jogo de terror que era muito aterrorizante, que descia um bicho pelo o teto e tinha uma língua gigante. Na minha imaginação de pivete, era algo como o Pitfall, muito simples, com um fundo preto, os zumbis ia ser uns pixels em verde. Bom, tudo mudou quando ele colocou o jogo, apenas no vídeo de abertura, percebi que estava muito enganado. Era o Resident Evil 2, e para mim, parecia que meu tio estava jogando um filme. E os jogos continuaram a me impressionar, lembro o dia que minha mãe achou que o replay de uma corrida do Gran Turismo 2 era alguma corrida de verdade. Logicamente, tinha uns jogos que os gráficos não eram dos melhores, mas tinham historias perfeitas, como o Final Fantasy VII, e outros eram muito perto do real, pelo menos na época, como o Metal Gear Solid e até o Tony Hawk. Alguns anos depois, meu tio comprou um DreamCast (alguem lembra dele?), era um console estranho, os jogos eram muito coloridos, e pareciam meio artificial, lembrava muito os grafícos de Fliperama, talvez porque o console era da Sega. Um exemplo disso era o Dead Or Alive, não lembro de nenhum jogo que os gráficos me deixavam babando de incríveis, até mesmo o Soul Calibur.
Alguns outros anos passaram, lançaram o PlayStation 2. Eu vi os gráficos em revistas e ficava muito ansioso para ter um, ia numa Lan House que tinha os consoles para ficar jogando, até que ganhei o meu. Foi nesse ponto que comecei a ver que, a coisa tinha evoluído a tal ponto, que era só ver, não precisava mais ficar usando a imaginação para poder jogar, assim como era nos primeiros consoles. Lembro que eu não precisava imaginar muito um jogo enquanto estava jogando o Devil May Cry, ou enquanto cometia alguma atrocidade nos GTAs.
Hoje, tudo evoluiu para a industria dos videogames, deixou de ser algo apenas para crianças, e muito mais para adultos, porque são aqueles jogavam seu SuperNintendo e cresceram, e querem algo muito melhor. A tendencia é sempre deixar tudo mais próximo do real: ver os pingos de água caindo do tecido muito bem detalhado da roupa de uma Lara Croft menos siliconada e com curvas mais naturais que a Mulher Melancia; ou ver os detalhes no disco de freio do carro em alta velocidade no Gran Turismo. Quando que todos esses detalhes que eu citei ia passar pela cabeça de um jovem que estava feliz e contente jogando seu SuperNintendo em pleno anos 80? São coisas que ninguém se importava, e hoje acabou virando uma obrigação nos videogames, flertar o mais próximo da realidade.

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