quinta-feira, julho 22, 2010

#62 - Revanche - Fresno

A Fresno sempre foi uma banda que elogiei e admirei, e algumas vezes até defendi de críticas que achava injustas. Os caras me surpreenderam quando assisti a um show deles no inicio de 2007, na época a banda estava começando a ficar famosa junto com NxZero, virando ícones do “emo”, e aquela mídia toda. Discos muito bons, letras bem escritas, exageradas na medida certa, fácil identificação, mesmo que elas tenham Porto Alegre como cenário.

Enfim, recentemente a banda lançou o seu quinto disco, Revanche. O que posso dizer? A banda estava  indo num bom caminho, mas neste álbum, deu um grande deslize. Eu ainda estava bem ansioso para ver o resultado, pois o Lucas Silveira, ou Paraíba, tinha lançado o excelente Rise and Fall of Beeshop, trabalho solo excelente e surpreendente.
Realmente, não tem como negar que o quarteto gaúcho amadureceu e deixou mais pesado o som, criou grandes melodias. Porém, o que mais me chama atenção em qualquer banda, o conteúdo das letras, para mim, deixou muito a desejar, mas isto eu comento mais adiante.

Revanche, música que abre o disco, ainda faz lembrar a banda do disco anterior, Redenção. Uma boa letra, ótimos back vocals, dá até uma empolgada. Deixa O Tempo, o single do disco, reflete um pouco de como é o disco, misturando momentos calmos com outros de peso. Esteja Aqui, parece mais uma música antiga da banda que foi adaptada para os novos rumos da banda.

Estas três músicas, a príncipio, fizeram achar que o disco estava indo muito bem, em letras e melodias, porém, me enganei. Die Lüge, já começa com um clima meio estranho, uma letra extremamente exagerada, Lucas dando muito agudos, até que solta um das rimas mais bizarras que já ouvi: “E eu me contento com o que sobrou/ Eu como o pão que o diabo amassou/ Mas eu não divido com você nem um segundo/ do que me resta a viver.” E depois continuou com: “Achou que ia arrasar mais de mil caras afim/
Mas qualquer um pode ver que você é de mentira”. Parece uma letra feita as pressas, que infelizmente, caiu na mesmice de outras bandas que andam fazendo sucesso.

Algumas músicas como, Eu Sei e a excelente Porto Alegre, sem dúvida a melhor do disco, ainda conseguem manter um pouco da qualidade, na musicalidade e em algumas partes inspiradas nas letras, porém, o disco acaba se tornando uma montanha russa, com vários altos e baixos.
E como uma montanha russa, o disco acaba meio por baixo. Canção Da Noite (Todo Mundo Precisa De Alguém), encerra o álbum, e talvez traduz muito bem o meu ponto de vista. Uma letra bem inspirada, contanto fatos que costumarm acontecer com qualquer pessoa, como comentei no inicio, aquela letra fácil de se identificar. Mas ao chegar ao refrão, a música se perde com um coro desnecessário, chega a ser engraçado de tão estranho que ficou.

Revanche, como eu já disse, é um disco cheio de altos e baixos, um pouco difícil encontrar as letras inspiradas em meios a outras letras que parecem ter sido feitas as pressas. Quanto a parte melódica, não tenho do que reclamar, a Fresno mostrou um peso que surpreendeu várias pessoas. Não vou entrar no mérito de criticar as mudanças que o Rick Bonadio faz nas bandas, por que isso já ficou batido, mas posso dizer que a banda tem um grande potencial e podia mostras muito mais que um disco tão sem sal como o Revanche.

2 comentários:

  1. Boa resenha Lupão.

    Banda de merda, pqp...

    Abraço!
    Testa

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  2. Rick Bonadio é FERRO!

    Eu correria dele se fosse de qualquer banda...

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