quarta-feira, maio 05, 2010

#57 - Entrevista com Fenici

Mesmo com esse "pequeno hiato", eu tive trabalhando e consegui fazer uma entrevista bem interessante com a Fenici, banda de Praia Grande que está iniciando sua viagem pelo o mundo do rock fazendo um som diferente e com letras inteligentes, resultado das diversas influencias dos seus integrantes. Formada por Victor Birkett (Voz e Guitarra), Gregory Ramos (Baixo e Voz) e Leonardo Rocha (Bateria).

Bati um papo com Victor, sobre a história da banda, gravações e videogames.

Pergunta básica numa entrevista com uma banda nova. Como vocês se conheceram? Como surgiu a ideia?
Victor: Primeiramente, mandar um “Oi” pra galera que está lendo (risos). Então, tudo começou em 2009, depois que eu desfiz de uma banda antiga chamada Bullie, e com isso surgiu à idéia de mudar de som, fazer algo que eu estava ouvindo mais na época. Resolvi me arriscar numa coisa nova, onde teria mais responsabilidades, até para compor e ser o vocalista principal. Daí me reuni com alguns amigos, que já não fazem parte da formação atual, e começamos a ensaiar já com músicas próprias.

Até pouco tempo atrás vocês se chamavam Hey! Brittany. Por que a mudança para Fenici? Dá onde surgiu o nome?
Victor: Então, a mudança foi feita para que pudéssemos recomeçar o zero. É algo que combinaria com esse "recomeço" seria o nome Fênix. Daí vem o nome: Fenice é Fênix em italiano, só foi mudada a ultima letra pois já havia outras bandas com esse nome.

Como foi assumir essa responsabilidade, principalmente, com as mudanças da formação?
Victor: Começar a compor pra valer foi relativamente fácil, pois fui evoluindo gradativamente na minha música. Sempre escrevi, mas nunca fui o compositor principal das bandas que participei. Acredito que hoje já estou em um nível muito satisfatório para mim, quanto a letra e melodia. E como eu disse, isso sempre evolui, e fico muito feliz com isso.
Agora, quanto às responsabilidades de mudanças na formação são sempre difíceis para toda banda. Tive que correr muito atrás, até mesmo de boa vontade das pessoas, sabe? Mas hoje sinto que está tudo se caminhando muito bem. Estamos com uma formação sólida, amiga e que se ajuda muito em tudo, até assuntos extra-banda. Agora vai. (risos).

Na apresentação do MySpace, uma coisa me chamou atenção. "Melodias+Letras sinceras". Como vocês traduzem as “letras sinceras”? Quais são suas inspirações?
Victor: Sim, Melodias e Letras sinceras. Como sou um cara que compõe sentado com o violão no colo, sempre parte da "sinceridade" das letras saem na melodia. Grande parte das nossas melodias fica ali na cabeça "martelando" depois que você escuta com calma, sem querer parecer convencido (risos). E quanto as letras sinceras, eu procuro lançar o que está acontecendo comigo no momento, normalmente sobre relacionamentos. Tento desabafar ali, botar toda minha raiva, ou toda minha angustia por certa situação. Botar no papel o que está dentro de mim e tirar o famoso "nó da garganta".

Quais são suas influencias para as letras?
Victor: Quanto a influencias para as letras, eu procuro ouvir tudo que seja sincero para mim, que tenha uma letra que toca o coração mesmo, já contido nas influências da banda. Minha principal influência para letras, com certeza é o Fresno. Lucas Silveira (também conhecido como Beeshop) está no meu Top 3 de letristas. Mas ouço muito Rap, Emicida e Racionais Mc's são os mais sinceros no que fazem pra mim. Grandes vencedores da vida, e grandes letristas.

Outra coisa que achei interessante foi colocarem que suas influencias são "Tudo que tenha letra que toque você, e melodia que não saia da cabeça". Como você explica isso?
Victor: Isso é tudo o que influência a gente. É o tipo de coisa que é essencial para uma musica ser bonita. letra que realmente te diga algo, e melodia que fique ali, dias e dias martelando a sua cabeça. É isso que eu tento passar nas nossas composições, e é tudo que junte isso que eu procuro ouvir no dia-a-dia. (risos)

Antigamente, na apresentação do MySpace, falava que vocês têm influencias diferentes, porém elas contribuíram para a banda por igual. Como você define toda essa mistura?
Victor: Sim sim, acho que tudo isso junto dá no som diferente da banda. A composição do som seria mais ou menos um Pop Punk pesado, mas com refrões pop, nas linhas de You Me At Six e There For Tomorrow. Introduções com pegada, versos com linhas pop punk, quebradas de tempo ou breakdowns, e refrões "pop" e chicletes (risos), acho que dá uma bela mistura.
Eu curto muito Dance Of Days; minha banda do coração; Fresno, All Time Low que são mais ou menos o estilo da banda. Mas esses tempos, eu começei a ouvir tudo que me ajudasse a compor, e lógico, que fossem do meu gosto. Daí entra tudo que tenha letra ótima ou melodia que grude na cabeça.

Que bandas que vocês gostam e costumam ouvir?
Victor: De letras eu gosto do Nenê Altro, Lucas Silveira, Cazuza, Emicida, Nando Reis e Lulu Santos. Esses dias, eu tenho prestado bastante atenção no Victor e Léo que acho que unem muito bem letra e melodia bem feita. E quanto ao meu gosto por melodia pop, rola até Spice Girls e Backstreet Boys (risos). O vocalista normalmente é o com gosto mais "gay" da banda (risos).
Nosso baixista Gregory, gosta muito de Avenged Sevenfold, gosto compartilhado por todos, ama Blink 182, Green Day e pop punk em geral. Gosta também de Paramore, que eu particularmente acho muito massa. Quanto a baixo mais trabalhado, ele pira em Sublime e O Rappa. Nosso Baterista Léo gosta muito de Metal em geral, New Metal, Metalcore, com destaque em Slipknot que é a banda preferida dele, e tem uma banda deste estilo.

Vocês foram gravar os dois singles em São Paulo. Por que essa decisão e como foram as gravações?
Victor: Fomos gravar em Sampa a convite do dono do estúdio Base, o Luiz Porto, que é um amigo pessoal nosso. Ele é baterista de uma banda chamada Nocore. Inclusive a vocalista Lyh Costa (na foto ao lado com o Fenici)  fez participação especial na nossa música "Meu Recomeço", então ficou tudo em casa. Espero que a galera curta o resultado final.

Como surgiu o contato com a Nocore?
Victor: Surgiu a partir da entrada do Gregory na banda, que já era amigo pessoal deles. Eu já tinha visto um show em Santos e achei um som bom, até cheguei a entrar na comunidade e dar uma força. Daí o Gregory me apresentou pra Lyh, e tudo foi fluindo naturalmente, e hoje ela é uma das minhas melhores amiga.

O Game'n'roll também fala sobre games. Vocês costumam jogar? São Viciados?
Victor: Olha, eu era viciado em Tony Hawk's Pro Skater. Fechei os quatro primeiros (risos). Mas agora meu sonho de consumo sempre foi ter um Playstation 2 para jogar as continuações. Quem quiser me doar um, eu agradeço. O Léo, eu já não sei se é tão ligado assim em jogo, mas o Greg é viciado em Counter-Strike, e tem até uma equipe e tudo mais.(risos)

A serie Tony Hawk sempre teve ótimas trilhas sonoras. Teve alguma banda que você conheceu e te influenciou por causa do jogo?
Victor: Sempre quis responder essa pergunta (risos). Eu com certeza sei cantar a trilha sonora dos 4 primeiros até de trás pra frente. Uma influência direta na minha musica, eu acredito que não tenha. Mas a banda das trilhas sonoras que eu mais ouço com certeza é o Suicide Machines, presente na trilha do THPS1, a melhor banda de Ska que eu ouvi até hoje.

Obrigado pela entrevista Victor, boa sorte com a Fenice. Conte quais são os próximos planos da banda? E deixe um recado para o pessoal.
Victor: Então, Os próximos planos são voltar aos palcos o mais rápido possível, depois dessas gravações. Lançar as músicas na integra, com MySpace profissional, fotos promocionais e tudo que tem direito, e divulgar né? O grande segredo das bandas desde 1940 (risos). 
E quanto ao recado. Espero que tenham curtido a entrevista, e não me achado um mala (risos). Acho que seria legal que todos, indiferente dos estilos que preferem, ouçam nosso som, sem clichê, mas é feito com muito amor e dedicação de meses e meses. Um som sincero, pop para uns, pesado para outros, mas que contém uma coisa que diferencia: Coração. Isso é tudo pessoal.

Links da banda:

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