domingo, setembro 27, 2009

#39 - 7 On 27 com Tércio Testa

Começando aqui a primeira coluna do Game'n'roll.
7 On 27, será uma coluna mensal onde todo dia 27, um entrevistado responderá 7 perguntas, que contará sobre carreira, projetos, gostos músicas e por ai vai.
Para inaugurar, entrevistei por e-mail Tércio Testa, baixista do Shileper High e um dos colaboradores do site The Nimrods. Aproveitei também para perguntar sobre o seu projeto Enought About Lindsay.
Confiram.

1ª Pergunta: O The Nimrods é um dos mais famosos fã-sites nacionais sobre uma banda de punk rock. Quando e como você começou a colaborar com o site? Vocês esperavam que um dia o site ia ser tão reconhecido?
Testa: Bom, em primeiro lugar, obrigado pelo elogio. Em 2002 eu participava ativamente de uma lista de discussões sobre Green Day, onde conheci o Will e o TheNimrods.com! Na época, eu só acessava o GreenDay.net e o GreenDay.com.br do Jeff, que também havia conhecido na lista de discussões. Após um tempo comecei a colaborar com o GreenDay.com.br enviando traduções de notícias ou coisas desse tipo.
Na época eu via que não existia um site sobre a banda no Brasil, que me deixava satisfeito e foi quando eu conheci o The Nimrods.
Falei com o Will e vi que o site tinha muito potencial. Ele sempre teve muitas idéias boas, mas faltava alguém com tempo e disposição para ajudá-lo e foi quando eu topei colaborar. Desde então, o site cresceu absurdamente.
Ocorreu algumas mudanças de layout, o “core” do site sempre se manteve. É trazer as informações do que rola com a banda da maneira mais atualizada possível, além da criação de seções outros sites não têm, como por exemplo, o nosso “Glossário”. Esse tipo de trabalho fez com que ao longo dos anos, o site tivesse muito mais acessos e retorno do que nós pudéssemos imaginar.
Hoje, ser uma referência no universo Green Day para os fãs brasileiros é absurdamente gratificante.

2º Pergunta: É cansativo ficar procurando noticias do Green Day, ou o "amor" pela banda supera tudo?
Testa: Na verdade nunca é cansativo, afinal de contas muitas das notícias já estão prontas. Por não sermos o país natal da banda, é muito difícil trazer uma exclusividade para o público, a menos que seja algo originado aqui no Brasil. Por isso falo que o nosso diferencial é a criação de sessões com materiais que outros sites não tem. Há pouco tempo atrás entrevistamos o Andy Ernst. Poucos sabem, ele foi produtor dos dois primeiros álbuns da banda e para nós foi algo absurdo. Nunca imaginávamos que o cara fosse realmente responder às perguntas e rolou bem legal. Então, trabalhamos sempre nesse prisma, e isso faz com que nosso amor pela banda só aumente.


3ª Pergunta:E se não fosse o Green Day, qual outra banda você criaria um fã-site?
Testa: Eu acho que criaria apenas 3 sites. Há anos atrás criaria um do Bad Religion, que é outro amor incondicional. Hoje talvez criasse um sobre o Broadway Calls e um para os meus bros da banda The Razorblades, da qual sou muito fã.

4ª Pergunta: Por quais bandas você passou até chegar ao Shileper High? Como você entrou para a banda?
Testa: Antes do Shileper High eu toquei em duas bandas. Logo quando comecei a tocar guitarra, toquei em uma banda de covers variados e chamava-se “Gangrena Leprosa”. Era formada por um metaleiro, um skinhead, um Ramoneiro e eu, fã de Green Day. É possivel imaginar a mistura das covers, de Raimundos a Garotos Podres, passando por Bad Religion e Marky Ramone And The Intruders. Depois de dois shows a banda meio que se dissolveu.
Nesse meio tempo nasceu o Seven Elevenz, comigo, o Barata e o Koelho. Essa foi minha primeira banda mesmo, aquela de gravar, e tudo o mais. Começamos no reveillon de 1999 para 2000, fiquei na banda até 2002 quando acabei saindo por problemas pessoais e voltei em 2004, fiz alguns shows, mas não rolou
.
E logo que saí do Seven Elevenz, conheci os caras do Shileper High e entrei de cabeça na banda, dessa vez tocando baixo. Com o Shileper houve a oportunidade de fazer shows absurdamente maravilhosos, viagens inesquecíveis, gravar num estúdio fantástico (Mr. Som) e abrir ao show de algumas bandas de quem sempre fui fã como Bambix, Garotos Podres, Olga (Toy Dolls), Raimundos e mais recentemente para o CJ Ramone, no festival Araraquara Rock.
As únicas coisas que não fiz com a banda foram a gravação do segundo CD, Shilas On The Rocks, e a Vans ZonaPunk Tour com o U.S. Bombs. Se você me perguntar, sim, me arrependo, Mas no fim, as coisas sempre se acertam e estamos aí seguindo o rock.


5ª Pergunta: Conte sobre o Enough About Lindsay? De onde surgiu o nome? Quais as influências?
Testa: É um lance curioso. O nome surgiu com o meu amigo Taú, da Enemy One Records. A Lindsay em questão é a Lindsay Lohan mesmo. Ele é apaixonado por ela e eu não agüentava mais vê-la na televisão, pois coincidentemente, ela não saía do noticiário na época.
Em 2006, quando saí do Shileper pois havia ficado desempregado e quando estamos desempregados, depois de muito tempo trabalhando, vira aquela rotina de sessão de DVDs em casa, livros e revistas e muita internet.
Nessas sessões eu assisti filmes como Clube da Luta, Matrix, A Última Fortaleza. Li livros como, "Bem Vindo ao Deserto do Real”, de ensaios filosóficos sobre o Matrix. e de madrugada eu ficava tocando violão. Um dia, lendo o livro, uma frase veio à minha cabeça, "The secret sources of human emotions” (A Origem Secreta da Emoção Humana), acho que li algo assim e me assustou muito.
Peguei o violão e comecei a tocar e a escrever, as palavras simplesmente saíam. Na época eu ouvia muito Angels And Airwaves, então aproveitei todo aquele lance “poético” nas composições e assim foi. A idéia então era de criar um, com o perdão da expressão, “álbum-conceitual”, cada faixa seria relacionada à uma emoção humana e, no final, elas juntas seriam as “sources” de emoções humanas expressas na primeira letra.
Isso levou quase dois anos e meio para ficar pronto e resultou em 16 letras, das quais gravei 3 canções e que coloquei no MySpace. Eu não sei se ainda gravo o restante. Quero muito, mas como é um projeto paralelo, preciso ver até onde vale a pena levar adiante. Mas adoraria ter todos os sons gravados, até para registrar e tudo o mais.

6ª Pergunta: Pergunta básica, quais bandas você tem ouvido ultimamente e que você indica para o pessoal ouvir?
Testa: Eu tenho ouvido muito o novo álbum do Broadway Calls, “Good Views, Bad News” que para mim é o álbum mais foda de 2009.
Também tenho ouvido muito Tumbledown (projeto country do Mike Herrera do MxPx), Alkaline Trio, Rancid, Anti-Flag, Casualties, The Briggs, The Unseen, Distillers, Riverdales (segundo melhor álbum de 2009, para mim), Teenage Bottlerocket (o disco novo esta absurdamente maravilhoso), Bedouin Soundclash, ALL, Jimmy Eat World.
Além disso, escuto muito Just Jack, Bach (sim eu ouço música clássica), The Killers, Weezer.

Pelo lado nacional ouço quase todos os dias The Razorblades, The Dods, Os Thompsons, Periferia S.A, Firstations, Que Fim Levou Valdir?, Fox Hound, Os Excluídos, Flicts, Cólera, RxDxP e muitas outras bandas. Além disso ouço muito Shileper High também, como não? [risos]
Ah, e indico todas essas para a galera escutar. Não vão se arrepender.

7ª Pergunta: Obrigado pela entrevista, Testa. Fale dos planos futuro para o Shileper High e o Enough About Lindsay? E deixe um recado para os leitores do Game'n'roll.
Testa:
Com o Shileper estamos trabalhando em um novo EP, ainda sem nome, e que provavelmente terá cinco canções inéditas. Fizemos dois shows já tocando essas canções e a resposta da galera foi bem legal então estamos animados, espero que saia até o final do ano. Quanto ao Enough, sem planos mesmo, quem sabe um dia faço um show solo? Ia ser interessante . Aproveito para agradecer a oportunidade da entrevista, parabenizo aqui o seu trabalho e fico muito feliz em ter ganhado um amigo em vossa pessoa. É isso ae e keep on rocking!

#38 - See You In The Movies Cowboy

Spike Spiegel (Foto 1)


Olá pessoal! Desculpa a demora por atualizações. Semana corrida por causa de faculdade e outras coisas que estão por vir. Hoje terá dois posts, e um bem interessante, mas ainda não será esse.

Como havia comentado alguns meses atrás em um post sobre as trilhas sonoras de animes, vou falar as ultimas noticias da versão Live-Action do Cowboy Bebop, serie que conta a historia de um grupo de caçadores de recompensa em um universo futurista no ano de 2071, mas contando com Jazz e Blues como trilha sonora.

Essa semana, o ator Keanu Reeves, que será o cowboy do espaço Spike Spiegel (foto 1), falou a MTV Americana que o roteiro do filme está passando por uma revisão. Segundo o ator, o roteiro feito por Peter Craig estaria incrivel, mas custaria muito para o estudio se fosse seguir a risca, algo por volta de meio milhão de dolares.

Para quem está com medo de ver mais uma adaptação tosca como foi Dragon Ball Evolution, pode ficar um pouco mais tranquilo. O criador da série Shinishiro Watanabe e a roterista Keiko Nobutomo serão um dos produtores pelo japones do trabalho, contando com o apoio da produtora Masahiko Minami. Ou seja, os donos da obra terão espaço para dar pitaco no filme.

Na minha opinião, as opiniões dos produtores já deveriam começar de agora a se intrometer. Nada contra ao Keanu Reeves, mas será estranho ver ele fazer Spike. Enquanto o protagonista do anime tem 27 anos, o ator "escolhido" já tem seus 45 anos, para os fãs será um tanto estranho ver o personagem um tanto envelhecido. O Reeves ideal seria da época que o ator fez o filme Caçadores de Emoção ou Velocidade Máxima, ainda novo e pronto para fazer muitas cenas de ação.

Assim como, quem não conhece o anime, facilmente irá comparar o protagonista do animação com o John Constantine, outro personagem interpretado por Reeves. Ambos são fumantes e cheio de sarcasmo. Parece que o ator gosta de fazer papeis principais de coisas ligadas ao mundo Nerd.


Para os outros personagens, seria bem interessante se a produção investisse mais um pouco e quem sabe chamasse Bruce Willis para atuar como Jet Black (Foto ao lado), companheiro de caçada de Spike. Ok, isso foi só um sonho de um fã, porém, eu torcia para Angelina Joeli interpretar a Lara Croft nos cinemas, e a atriz encarnou duas vezes a personagem. Sonhar não custa nada.

O filme ainda não tem diretor ou cronograma de filmagem. Porém, alguns boatos dizem que ele está previsto para chegar aos cinemas em 2011. Vamos torcer.

See You In Space Cowboy!

Fonte: Omelete

sábado, setembro 19, 2009

#37 - Smells Like Borderline


Para começar, já peço desculpas, essa semana foi corrida, não consegui bolar nenhuma assunto para postar aqui no blogger. Esse foi motivo para ele ter ficado uma semana desatualizado.
Bom, e nas últimas semanas, também rolaram algumas polemicas, além do Kanye West roubando o microfone da Taylor Swift e o governo brasileiro querendo censurar a Internet. No mundo dos games também está rolando uma polêmica envolvendo o recente Guitar Hero 5 e Kurt Cobain.

Todos devem ter lido essa noticia em vários veículos de comunicação:
Courtney Love avisa que vai processar os produtores de Guitar Hero 5.


E o motivo fez muitos, pela primeira vez, ficar ao lado da viúva de Kurt Cobain. Durante o jogo além cantar as músicas de sua banda, o falecido ícone do Grunge, pode também cantar canções de outros artistas, como Madonna e até Bon Jovi. Ou seja, Cobain tocando guitarra e cantando com a voz da rainha do Pop.

E pela primeira vez do mesmo lado, os ex-integrantes do Nirvana, Krist Novoselic e Dave Grohl, também ficaram insatisfeitos com o avatar do cantor no jogo, declarando estarem decepcionados, e pedem que bloqueiem o personagem apenas para tocar as músicas da sua banda, pois não sabiam que a imagem do roqueiro grunge ia ser usado daquela forma.

Até o próprio Bon Jovi se manifestou sobre o assunto, dizendo que é forçado ver um avatar de um roqueiro cantando suas músicas. E também contou, que foi convidado para ser um dos personagens do jogo, mas recusou.

Do outro lado, a produtora Activision divulgou que tanto Love quanto Primary Wave Publishing, empresa que gerencia o catalogo musical da banda, assinaram o contrato que dava total liberdade para o uso do personagem de Cobain. Já a viúva do roqueiro disse nunca ter assinado algum contrato sobre o jogo e que ia manter o processo e gostaria de uma retratação.

Agora a opinião da pessoa que vós escreve.
Algo que tudo indica, a produtora lançará um patch (uma expansão do jogo) bloqueando o roqueiro, apenas deixando-o cantar as músicas do Nirvana. Em outras edições, nunca houve esse problema, pois existia apenas participação de artistas convidados para certas músicas. Na edição World Tour, o principe das trevas, Ozzy Osbourne, apenas aparecia para cantar suas músicas, o mesmo acontecia com Billy Corgan. Na edição do Aerosmith, a banda apenas aparecia em canções da banda, o mesmo aconteceu na edição feita para o Metallica. Na terceira edição, Slash e Tom Morello tocavam todas as músicas, mas não cantavam, eram como guitarristas de apoio.

Como fã, acho que foi uma falta de respeito, mostrarem um avatar de uma personalidade que já faleceu cantando músicas de artistas no qual era bem claro que ele não gostava. É denegrir a imagem de alguém que não pode mais se defender pessoalmente. E outra questão que fica no ar. Será que o roqueiro grunge iria aprovar um avatar?
Se fosse o Cobain no começo da sua carreira, acho que ia achar muito engraçado, se fosse o Cobain dos últimos dias, que não aguentava mais ser o ídolo de uma geração, ele não ia gostar nem um pouco.

Não colocarem Kurt Cobain apenas como guitarrista parece ter sido preguiça dos produtores em programar o jogo para o roqueiro cantasse apenas a música de sua banda e apenas tocasse quando fosse música de outro artistas, mesmo que fosse Bon Jovi. Resumindo, uma simples programação poderia ter evitado todo essa polêmica.

sábado, setembro 12, 2009

#36 - A Máquina Que Sonha Colorido


Após dois anos desde seu ultimo lançamento, na virada do dia 6 para 7 de Setembro, a banda curitibana Sugar Kane, deixou em seu MySpace para ser ouvido 10 músicas seu novo trabalho: A Máquina Que Sonha Colorido.
Em apenas 5 dias, já houve mais de 50 Mil "plays", ou seja muita gente já parou para ouvir o novo disco que mostra a banda com uma nova formação, tendo somente Alexandre Capilé como integrante original.

Sugar Kane é um uma das bandas independentes mais bem sucedidas, e que acabou criando sua própria identidade, e que vem amadurecendo a cada disco. Depois de misturarem Hardcore com o Rock Alternativo, em seu sexto álbum, a banda volta ao o Hardcore Melódico e rápido, de letras com temas políticos, mas também sobre cotidiano e relacionamentos. As 10 músicas rápidas e diretas.

Com uma guitarras que lembram bastante NOFX do Punk In Drublic, o disco é bem agressivo, não apenas na sonoridade, como na letra da faixa título parece ser uma resposta a algumas pessoas da cena roqueira. Todos Nós Vamos Morrer, é como se falasse que o apocalipse viria de dentro das pessoas. O disco vai numa linha de Hardcore direto, com ótimas bases igual de Sonhe Colorido e Seus Ideais. Revolução traz uma das melhores letras do disco, um hino para um geração talvez.

O disco tem poucas "pausas", como em Um Pouco de Tudo e Repito, fazendo lembrar da banda na época do disco Elementar, ou seja, mais suave e poética, e em Rockstar, que rola até um Ska no seu início. Pedras encerra o disco, num ritmo muito acelerado e berrado trazendo backvocals femininos com participação de Camila, vocalista da banda Copacabana Club, que me fizeram lembrar o início de The Quick And The Pointless do Queens Of The Stone Age.

A Máquina Que Sonha Colorido que mostra a banda voltando as suas raízes, mas sem perder sua própria identidade, além de ser um ótimo disco de Hardcore. Talvez se o disco tivesse sido lançado alguns meses antes, poderia concorrer ao VMB.

Lembrete: No dia 19 de Setembro, o disco estará oficialmente disponivel para download no site da banda.

#35 - O Clube do Filme

Pela primeira vez, uma resenha de livro aqui no Game'n'roll.
E começando com um livro que fala sobre quase todos os assuntos que o blogger aborda.

Escrito por David Gilmour, o autor Canadense, não o guitarrista do Pink Floyd, o livro foi lançado em 2007 no Canadá, saiu esse ano no Brasil.
O Clube do Filme fala sobre filmes, muitos filmes, sobre música e sobre o relacionamento entre um critico de cinema e escritor, que passou dos seus 50 anos com problemas para arrumar trabalhos e seu filho de 15 anos, que está se tornando um fracasso na escola.

O pai, o próprio autor, em uma atitude diferente, inusitada, e talvez desesperada. propõe para o seu filho adolescente, Jesse, que ele podia abandonar a escola, não precisava trabalhar e pagar o aluguel da casa, mas que toda semana teria que assistir três filmes escolhidos pelo o pai, apenas por David. Isso seria o motivo para fisgar vários leitores, assim como eu.

Durante as semanas e os filmes, acompanha-se a visão de David olhando Jesse crescer, sendo um pai e conselheiro. Em diversos momentos durante o livro, os filmes acabam sendo coadjuvante, e a visão de David sobre os problemas de seu filho acaba sendo o foco principal, sempre associado a filmes e personagens, gerando diversas comparações. O relacionamento paterno presente no livro é um dos elementos que mais prende o leitor, para saber o que irá acontecer nos proximos capitulos, qual será o próximo problema que Jesse se envolverá e qual será o conselho e a atitude de David.

Mas quando o foco volta-se aos filmes, é extremamente interessante, existem muitas curiosidades e descrições bem detalhadas de cenas de filmes. Para quem acha que existe Spoilers, pode ficar tranquilo, que não se aprofundam ou contam muito sobre filme. Pode se dizer, que a cada capitulo, ao todo 15, existe pelo menos 2 pequenas resenhas de filmes, como A Doce Vida, Tubarão, Os Reis do Iê, Iê Iê com os Beatles, O Poderoso Chefão, Psicose e entre muitos outros.

Para quem gosta de cinema, o livro serve como um ótimo guia para assistir os filmes citados e reparar nos detalhes que o autor conta durante a história, e para quem procura por uma leitura que mostra o relacionamento forte entre pai e filho, é um excelente livro também.

Curiosidade: No lançamento do livro no Brasil, no mês passado, o autor David Gilmour e seu filho, Jesse Gilmour vieram ao pais e participaram de debates sobre o tema e a história do livro.

terça-feira, setembro 08, 2009

#34 - O que a Glória Perez não mostra...


Ontem, depois de muito tempo e muito atraso, assisti Quem Quer Ser Um Milionário?, o vencedor de 8 Oscars esse ano. Um filme muito bem montado e contado, uma história que mistura ficção com uma realidade da índia. Inspirado no livro Q and A, do escritor Vikas Swarup, o longa foi dirigido por Danny Boyle, eterno diretor de Trainspotting.

Como todo mundo já deve saber, o filme conta a história de Jamal Malik, jovem de 18 anos morador da favela em Mumbai, Índia. Preso por suspeita de trapaça no programa Who Wants To Be A Millionaire?, o filme mostra Jamal explicando como sabia das respostas que o fizeram chegar a uma pergunta que vale 20 milhões de rupias.

Apenas por esse enredo, já torna o longa interessante, porém há um elemento que queria destacar e juntar com o fato que (finalmente) a novela da Gloria Perez, Caminho das Índias, está chegando ao final. Quem vê a novela, é apresentado ao lado bonito, rico e glamouroso do país, cheio de tradições e religiosidade, que a mim não engana. O que é uma inverdade, os indianos passam por bastante necessidade, onde, ao que parece, a desigualdade chega a ser tão gigantesca quanto ao do nosso país.

Não assisti a novela, mas hoje é tão comum ouvir as pessoas falando as frases dos personagens da novela, que parece que a escritora faz alguma lavagem cerebral em quem assiste a novela, ou você nunca ouviu alguem falando os Hare baba por ai? E cá entre nós, isso já está perturbando.

O que fica claro em Quem quer ser um milionário? é que não é essa realidade que a escritora descreve na novela, o pais é explorado por seus próprios habitantes como por estrangeiros. O filme traduz para o mundo como é a realidade escondida pela mídia dos subúrbios e favelas da índia, assim como Cidade de Deus traduziu a nossa realidade para o resto do mundo. É fácil fazer uma comparação entre o personagem Zé Pequeno e Salim, ambos corrompidos pelo o poder e o dinheiro que o crime oferece. O mesmo pode se fazer com Jamal e Buscapé, que apesar das dificuldades, não caíram na marginalidade. Infelizmente Danny Boyle é mais conhecido que o Fernando Meirelles era conhecido na época.

Então, alugue Quem quer ser um milionário? e assista com a sua família que está deixando tudo de lado apenas para ver a novela, onde o ator que interpreta um indiano a alguns anos atrás interpretou um grego.

domingo, setembro 06, 2009

#33


Feriado da Independência. Vou dar algumas dicas para quem for ficar em casa amanhã, ou nos proximos dias, e tiver de bobeira na Internet.

Começando pela surpresa do final de semana, principalmente para os fãs de The Get Up Kids.
Como já havia comentado no post anterior, a banda vai lançar uma edição especial de 10 anos do disco Something To Write Home About. Pois bem, desde a última sexta está disponivel no MySpace da banda o video com o show inteiro que a banda fez e que vai sair em DVD. O show é ótimo, a única coisa ruim, por o video ser em streaming e bem longo, para ver perfeitinho, sem pausas, tem que esperar carregar o clipe inteiro que é quase uma hora. Mas para quem é fã da banda, ou quer saber o que realmente o que é Emo, vale a pena o esforço.

Quem gostar de alugar/baixar filmes, minha dica é o filme Uma Noite de Amor e Música.
Com Michael Cera (Superbad, Juno), conta a história de um casal que se conhecem durante um show de várias bandas indie, e enquanto estão procurando o local onde a banda preferida dos dois vão tocar, acabam se apaixonando e percebem que eles têm mais afinidade que podiam imaginar. Até ai, parece mais um filme de romance teen qualquer, porém o filme não se foca apenas no casal, mas também em seus amigos e relacionamentos antigos dos protagonistas, quem rende bastante história também. Quem quiser ver o trailer, é só clicar aqui.

Agora se você é fã de The Beatles e tem um X-Box 360, e além de uma ótima conexão de Internet. Já pode correr para o seu Torrent favorito e deixar baixando o Rock Band do quarteto de Liverpool. O jogo da Harmonix Music System em parceria com a MTV Games vem fazendo sucesso e na última edição disponibilizou no seu modo online, um pacote com músicas do AC/DC. E com esse sucesso, a produtora resolveu apostar alto com o Rock Band com uma das maiores bandas que o planeta já viu. Se o jogo não for bom, pelo menos deve ter a melhor trilha sonora de um jogo. Mas lembrando, que o lançamento oficial será dia 9 de Setembro de 2009, ou seja: 09.09.09. Mesmo dia que será relançado alguns discos da banda remasterizados. Para ver o trailer, só clicar aqui.

Para terminar, essa semana o Dissonicos, banda de punk rock de Brasilia, lançou pelo o site da Bubblegum Attack, o EP Bob. A ideia é simples: três músicas contando uma só história sobre dois amigos, um que levou o pé na bunda da namorada e o outro que é famoso amigo para todas as horas. O Ep segue a linha do último disco da banda, Espere Por Mim Bandini, porém em uma versão bubblegum. Vale a pena conferir. Quem quiser baixar o EP, é só clicar aqui. E se quiser ouvir o primeiro disco da banda, é só baixar aqui.

quarta-feira, setembro 02, 2009

#32 - Something to Write Home About


The Get Up Kids faz parte da segunda (e última) onda do Emo que surgiu no meio dos anos 90, junto com Sunny Day Real Estate, Jimmy Eat World e Mineral. Influenciou muita gente que faz parte Pop Punk e do Indie Rock. Todos os seus discos são aulas de como fazer músicas e letras, e principalmente, ser "emotivo" sem dor de corno ou parecer versões Hardcore de música sertaneja. Resumindo, uma das melhores bandas da cena Hardcore nos anos 90 e que redefiniu um estilo.

Há alguns meses atrás, a banda virou noticia quando o guitarrista James Suptic, em um dos shows de volta da banda que havia entrado em hiato em 2005, pediu desculpa por terem criado o Emo, e compara a cena "punk-mainstreen" com Glam-Rock.
Talvez essa confusão toda começou quando o Pete Wentz do Fall Out Boy, disse que a banda deveria estar em um "Kit de Como Ser Um Garoto Pop-Punk", e comentou que sem o The Get Up Kids, sua banda não existiria.
Suptic ainda comentou indiretamente a declaração de Wentz com tal frase: “Se uma banda fica famosa e diz que a influenciamos, ótimo. Mas o problema é que a maioria delas nem é boa. O que isso quer dizer sobre a gente? Não sei. Talvez fôssemos uma droga”

Hoje, na verdade, resolvi fazer o post voltado para o Something to Write Home About, segundo disco da banda, e segundo um dos integrantes, o último álbum bom de uma geração. Para comemorar os 10 anos de seu lançamento, sairá uma edição comemorativa junto a um DVD com um show em que a banda tocou o set do disco inteiro na sequencia, alguns extras como imagens de outros shows da época do lançamento e entrevistas. Para ter uma noção de como foi o show só ver o Trailer aqui.

Então assim como fiz no com o relançamento do Bleach do Nirvana, vou fazer uma resenha desse relançamento tão especial.

Em 21 de Setembro de 1999, o disco saia pelo selo pequeno e independente Vagrant Records. Na época tão pequeno que o co-fundador do selo, John Cohen, teve que pedir dinheiro emprestado para os pais para ter fundos para poder produzir o trabalho da banda.
O disco também marca a estréia dos teclados de James Dewees, deixando o som da banda ainda mais interessante que no disco anterior, Four Minute Mile. Essa inclusão afastou alguns fãs, por acharem que estava saindo do contexto Do-It-Yourself.

Something to Write Home About, é um disco que serve para conhecer muito bem a banda, um resumo do que a banda fazia antes e ia começar se aprofundar nos discos seguintes. O disco começa com a agitada Holiday, talvez uma das melhores "faixa nº 1" de vários discos que ouvi. Action And Action talvez seja a música mais conhecida do disco, não só pelo seu vídeo, mas também por ser uma música poderosa, além de uma letra que é fácil de se identificar.
Quem nunca quis esfregar na cara de uma pessoa que só fez a outra de boba, que está muito melhor sem ela?

Valentine junto com I'll Catch You são as músicas mais românticas do disco, sem parecer bregas, palavras que sairiam da boca de qualquer ser que estivesse muito apaixonado. Curiosidade: Mark Hoppus (blink-182) pediu sua esposa em casamento sou som de I'll Catch You.
O que vale destacar do disco, é que são músicas com letras bem pessoais, mas não soam muito dramáticas, são sentimentos sendo expressados de uma forma poéticas sem parecer exageros. I'm a loner Dottie, a Rebel..., um dos pontos altos do disco, é um exemplo disso.

Ten Minutes, primeiro single do álbum, é uma das músicas que mostra o quanto foi bem aproveitada a entrada dos teclados a banda, talvez a banda não seria tão interessante de ouvir sem eles. Sem dúvida, uma das melhores músicas da banda.

Melhor que ler essa resenha é tirar suas próprias conclusões ouvindo o disco.
Com o Something to Write Home About, a Vagrant deixou de ser um pequeno selo, afinal o disco vendeu mais de 140 mil copias, e banda passou a ser considera a única e verdadeira banda Emo.
Talvez quando acabar de ouvir o disco alguem irá concordar com o Pete Wentz, porém nunca achará nos trabalhos do Fall Out Boy algo que lembre o The Get Up Kids, nessa hora a pessoa vai concordar com James Suptic.

Fontes:
Wikipedia
Tenho Mais Discos Que Amigos
G1